A verdade

Diz-se que uma coisa é verdadeira ou que não é falsa. Quando se fala de coisas, verdadeiro opõe-se a falso; quando se fala de pessoas, opomos pessoas sinceras a pessoas mentirosas: as pessoas sinceras dizem quase sempre a verdade; as pessoas mentirosas estão preferentemente inclinadas a dizer a mentira.

É neste sentido que dizemos que uma pessoa é verdadeira ou é falsa, conforme o que ela diz contém o verdadeiro ou o falso. Nas pessoas, o verdadeiro e o falso são propriedades do seu dizer. E que dizer das coisas? O rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha à direita do meu teclado é o rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha à direita do meu teclado, ponto final! Não é que não possa dizer mais coisas sobre o rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha à direita do meu teclado... Na realidade, posso dizer uma infinidade de coisas mais, mas o rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha à direita do meu teclado é o que é, e tudo o mais que eu possa dizer nada lhe acrescenta ou altera a sua realidade.A realidade das coisas é como um fardo que tivessem recebido por herança à nascença. As coisas são o que são, nem verdadeiras nem falsas.

Poderão argumentar que o rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha à direita do meu teclado é falso, ou porque a luzinha não pisca, por falta de pilhas, ou porque não está à direita do teclado, o que acontece geralmente às segundas feiras porque as senhoras da empresa de limpezas o consideram fora do sítio e o metem sobre uma prateleira de um das estantes do escritório ao lado de outros bibelôs, a miniatura da torre Eiffel, um buda pançudo em jaspe, umas bonecas russas com turbantes variados, o Lampião e a Maria Bonita, uns jagunços de barro lá do sertão no Nordeste brasileiro. Será que o rato sabe disso? A sua factualidade depende dessa mudança? Não. O rato não deixa de ser o que era, o que é e o que sempre será. O que altera é a correcção daquilo que eu digo sobre o meu rato. Se eu mudo o rato da direita para a esquerda, então devo dizer o rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha à esquerda do meu teclado para que a minha frase esteja mais de acordo com a realidade tal como eu a percepciono. Uma vez mais, verdadeiro e falso têm a ver com as coisas que eu digo.

Os lógicos sempre disseram que o verdadeiro e o falso respeitam à proposição. Se uma proposição é verdadeira, a proposição que se obtém através da sua negação é falsa. E vice-versa. O verdadeiro e o falso são valores lógicos. Com bases nas proposições, nas operações lógicas (como a negação) e nos dois valores – ponho agora de lado a questão mais complexa das lógicas multimodais – pode construir-se uma álgebra proposicional que nos permite obter conclusões verdadeiras com base em raciocínios formalmente correctos. É esta álgebra que está agora a pôr o meu computador a funcionar. Rezo todos os dias para que ele continue subordinado a esse poder e para que não seja possuído por uns espíritos malfazejos que o põem muitas vezes a desconseguir.

Mas o que me garante que uma proposição inicial - ou seja uma proposição que não é inferida seguramente de outras proposições verdadeiras - é verdadeira, que está conforme com a realidade? Por exemplo, como posso certificar-me que o rato sem fios está a piscar uma luzinha vermelha e que se encontra à direita do meu teclado? E como posso também certificar os outros a quem digo ou escrevo que o rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha à direita do meu teclado?

Para atalhar razões e poupar tempo ao leitor digamos simplesmente tratar-se de um processo de verificação. Quando olho para o rato, vejo-o a piscar uma luzinha vermelha e vejo-o situado à direita do meu teclado. Parece que disse tudo, não é? Nada mais errado!

Referi-me a dois processos perceptivos: um activo, o olhar; o outro passivo, o ver.

O rato está permanentemente sob a alçada da minha visão, mas realmente só o vejo quando o procuro, quando olho para ele. Por outras palavras, ver não é um processo neutro, é um processo influenciado por uma intencionalidade, por um querer ver interessado. As pessoas vêem o que querem e não vêem o que não querem. Como diz o ditado, mais cego é o que não quer ver...

Para chegar à verificação da verdade de uma proposição dependo da sinceridade, da honestidade da minha procura. Mas não só. Sabemos que a visão pode ser distorcida por factores pessoais e ambientais: pelo meu estado mental que, em desequilíbrio, pode provocar delírios e alucinações; por condições ópticas particulares do ambiente que podem induzir ilusões.

Para começar, o observador que descreve a realidade que observa deveria estar certificado por entidade idónea e competente, digamos o Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, em como o seu estatuto mental se encontra devidamente balizado entre os parâmetros da normalidade. E não chega: carece também de um controlo rigoroso dos eventos que antecederam a observação não vá esta ser perturbada pela ingestão de alcool, tabaco, estimulantes ou estupefacientes de qualquer natureza. Toda a gente sabe até que ponto um incómodo físico - a flatulência, um enxaqueca ou uma dor de dentes – basta para distrair o intelecto e produzir uma má percepção da realidade.

Mas devemos munirmo-nos ainda de mais cuidados. As histórias das miragens no deserto não são tretas para entreter a imaginação dos sedentários urbanos. Ainda há pouco tempo, em pleno deserto, viajando de burro de Ash Shati para Ubari (Awbari) pude ver os verdejantes prados que se perfilavam à minha frente cheios de canas de milho alinhadas como soldados numa parada, como na levada do meu avô materno na Beira, e as verdes hortas rodeadas de palmeiras e de poços com noras tão comuns na minha memória das qvintas de Bemfica no início dos annos cincoenta. A circunstância completa de quem observa deve ser completamente descrita em protocolo e apensa aos registos da observação. Como num tribunal, as circunstâncias agravam ou atenuam os delitos de observação.

Procura-se muitas vezes compensar o enviesamento pessoal recorrendo a uma multiplicidade de testemunhos: a objectividade resultaria da intersubjectividade dos vários sujeitos da observação. Se dispuséssemos de tempo suficiente, digamos de um tempo infinito, poderíamos discutir as nossas divergências resultantes do ponto de vista particular de cada um dos observadores até obter um consenso generalizado sobre um discurso que descrevesse com perfeição o objecto da nossa percepção. Esse discurso seria verdadeiro.

O desgaste da idade faz-nos apreciar o consenso. Lutas, oposições, pontos de vista são desgastantes. Juntar os inimigos – dizemos, então, os adversários – de antigamente, jogar à sueca e despejar umas loiras, a meio da tarde, só pode ser superado por juntar os adversários de antigamente, cantar uns fadunchos sentimentalões, comer chouriço assado e despejar carrascão aos cântaros pelas goelas abaixo no correr da noite. O consenso é a velhice. Vejamos: o que é estar de acordo? É suprimir os contrários em que discordamos e aceitar as generalidades irrecusáveis. Nada se ganha com as generalidades, tudo se perde na falência dos pormenores.

Uma verdade assim de nada nos serviria. Recordo a minha primeira namorada (que será feito dela?) que me dizia: “Sei que me mentes descaradamente. Mas que me importa, se é bonito!...”. E tinha razão: uma verdade obtida por consenso é uma verdade sem atavios, tão cinzenta quanto um quadro de uma multinacional. Não há como compor a verdade, e isso tem que ser à maneira de cada um. Então, lá se vai a verdade.

Podemos contornar esse obstáculo recorrendo ao olho de deus.

Espantado? Espantada? Não sabe o que é? Receia dar ouvidos a heresiarcas? Acalme-se, não tenha receios: este é, foi e será o processo mais comum e mais aceite de garantir a verdade.

Permitam-me entretanto que perambule um bocadinho até chegar ao olho de deus. Quando andava na catequese em Benfica esforçava-me por ter as lições na ponta da língua para poder ver as projecções de cenas da Bíblia que o padre Proença passava para os melhores catequisandos. Não se riam que não é caso para isso. Conseguem imaginar como seria a vida quando não havia televisão? Sim, não havia televisão! O melhor que um miúdo da minha idade podia desejar era ir duas ou três vezes por ano ao cinema da Av. Gomes Pereira, onde hoje é a sede da Junta de Freguesia, para ver filmes para maiores de 6 anos antecedidos pelos “desanimados”. Para ver o mundo para além da nossa rua era preciso dar corpo e cor aos figurinos e personagens dos romances radiofónicos ou esperar pelo Verão para ir à praia. Então, todo contente, lá ia marcar presença, creio que nas tardes das quintas-feiras, e procurar lugar na primeira fila. As histórias eram maravilhosas: o irmão mau que matava o irmão bom; um homem justo incomodado por deus e pelo diabo, que se conluiavam para lhe matar a família, dissipar a fortuna, e, não contentes, mandavam-lhe chagas com pus que lhe roíam a carne e os ossos; a mulher que fugia da cidade do pecado e que, ao olhar para trás, foi convertida numa estátua de sal; o guerreiro, desgrenhado como um beatle, a quem a mulher, a soldo do inimigo, lhe corta as tranças que lhe davam uma força sobre-humana; o velhote que mete uma data de animais num titanic à prova de tsunamis e fica lá o tempo todo à espera duma pomba que lhe há-de trazer no bico um raminho de oliveira. Histórias maravilhosas que se misturavam com as do Tintin, Mandrake, Mortimer, Tarzan, Zorro, apanhadas à página aos sábados no Mosquito ou no Cavaleiro Andante.

Foi nestas andanças das merecidas projecções das quintas-feiras que me encontrei pela primeira vez frente ao olho de deus. Imaginem um cenário qualquer, uma cena bíblica, deus a entregar as tábuas da lei a Moisés. Deus não está lá em pessoa. Vê-se uma nuvem espessa, tipo uma nimbus rechonchuda e, a espreitar lá por detrás, um triângulo isósceles com um olho incrustado que faísca raios dirigidos para a cena humana: o olho de deus.

O olho de deus é como um bird’s eye view que tudo vê lá de cima. Se estou aqui frente ao monitor, o rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha aparece-me à direita do meu teclado. O Gervásio, quando está à minha frente a querer que lhe dê atenção e lhe explique um ou outro pormenor de não sei o que escrevi há não sei quanto tempo, dir-me-á que vê o rato sem fios a piscar uma luzinha vermelha à esquerda do meu teclado. E assim se dá uma inversão de posições, explicada por uma diversa perspectiva, geradora, noutros casos, claro, de guerras e genocídios terríveis. O olho de deus não é assim, não tem perspectiva: tudo o que vê, vê de uma maneira absoluta. As coisas aparecem na sua infinitude no espaço e no tempo.

E há mais. À abrangência acresce a penetratividade: o olho de deus tudo penetra – o corpo, a alma, o espírito, a mente, a consciência. Deus está sempre a espreitar no mais íntimo de nós e a pesar comportamentos, palavras e pensamentos, opondo os bons aos maus, escrevendo-os no Deve e no Haver do céu para ajustar contas após a nossa partida. Como tudo é visível à luz do olho de deus, a verdade é o que deus vê. O melhor que o homem pode fazer para descobrir a verdade é empoleirar-se algures num recôndito do crânio divino e experimentar olhar através do seu olho. A verdade existe e é objectiva: são as projecções no olho de deus.

Aristóteles, Tomás de Aquino e Ratzinger procuram convencer que o ser o humano é particularmente dotado para descobrir a “Verdade” porque há algo nele, um lumen naturale, que é parte da ocularidade divina. Essa luz interna (intellectus, do latim intus + legere) que nos permite “ler dentro” das coisas permite-nos chegar à “Verdade” desde que amparada pelas escrituras, a tradição e o magistério da igreja

católica-romana. E para que todas leiam da mesma maneira há o dogma e a infalibilidade papal. Há também a santa inquisição e a fogueira onde ardem todas as mentiras.

Não é porém a Verdade propriedade exclusiva dos romanos católicos. Hitler, Salazar, Estaline, entre outros, defenderam à sua maneira a Verdade. E tiveram ao seu serviço instrumentos e tecnologia, com mais ou menos ponta, para induzir ou extrair a verdade. O marketing, a publicidade e os meios de comunicação social são os meios utilizados hoje para defender e propagar a Verdade do capitalismo global (“a sociedade de mercado num mundo globalizado”).

“O que é a verdade?”, pergunta o prefeito ao mensageiro da Verdade divina. O evangelho de João não nos dá a resposta.

E se toda realidade fosse uma obra criativa, um romance que vai sendo criado a cada momento ao sabor da inspiração divina? O problema da verdade não se punha e a pergunta de Pilatos, personagem focal deste romance policial, ou romance de série negra, seria: “O que é a realidade?”.

Os gregos deram à verdade o nome de aletheia que, em português, soa a “des-vendamento”. Para eles, verdade é tirar a venda à realidade, é des-cobrir, pôr a realidade a nu. Como isso se faz e o que daí se obtém só o sabemos pelo que eles fizeram: demolindo mitos, pondo todas as verdades à prova, inquirindo, experimentando e testando soluções novas, pondo o dedo nas feridas humanas, incomodando os deuses, desafiando o destino.

É errar, é perder-se e reencontrar-se. Sem poupar esforços. Sem fim à vista.

Os divinos gregos retrataram a verdade na imagem de Sísifo. Para descobrir a verdade, cada um tem que empurrar a sua rocha para o topo da montanha. Só que a verdade não se dá bem com o topo da montanha. Ao atingi-lo, resvala pela vertente abaixo à procura das sombras dos vales.

4 comentários:

Maria Carvalhosa disse...

tremontelo disse:
"Para descobrir a verdade, cada um tem que empurrar a sua rocha para o topo da montanha. Só que a verdade não se dá bem com o topo da montanha. Ao atingi-lo, resvala pela vertente abaixo à procura das sombras dos vales."
Num modesto comentário à margem, Maria, consciente das suas fracas capacidades filosóficas, inábil para uma tirada grandiloquente, limita-se a murmurar, em voz baixa, como quem pede desculpa: "...E Sísifo, obstinadamente, dia após dia, recomeça a subida do pedregulho, montanha acima, sabendo que é essa a sua pena, cumprindo-a com a resignação de um eterno condenado. Com a inevitabilidade do apenas penetrável pelo olho de Deus, almeja colocá-la no topo, para depois a ver resvalar, vertente abaixo, à procura das sombras dos vales..."

Camus, no entanto, esse atrevido, tinha ousado opinar, muito antes, a respeito deste mito: "[...]Sísifo é o herói absurdo, tanto pelas suas paixões quanto pela sua tortura.
O seu desdém pelos deuses, o seu ódio pela morte e a sua paixão pela vida fizeram com que recebesse aquele inexprimível castigo, no qual todo seu ser se esforça para executar absolutamente nada. Este é o preço que deve ser pago pelas paixões neste mundo.[...]"

"As coisas em que pensam estes sábios", resignou-se Maria, já com os fusíveis a faiscar, prestes a entrar em curto-circuito a qualquer momento ."Entre o que dizem os dois filósofos venha o diabo e escolha". Contudo ainda neste caso, após, como mero exercício pseudo-intelectual, tentar sopesar na balança as teses defendidas pelos dois virtuosos do conhecimento, (que, note-se bem, nada têm de contraditório, somente recorrem a um mesmo tema para defender um ponto de vista) o seu coração pende para a do Tremontelo... talvez porque se considera sua amiga... ai o peso do sentimento!... "caseirismo", é o que é!...

Beijos. (e risos sonoros, sem pedir desculpas).

Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) disse...

Não esperava qualquer comentário a este texto. As pessoas amigas que lêem os meus textos (ou dizem ler) e que conversam comigo referem-me, com frequência, a dificuldade em comentá-los. Ou porque são muito "extensos", ou porque são muito "densos", ou porque são muito "profundos", ou por outra razão qualquer a coberto de um adjectivo que exprime uma qualquer propriedade da matéria.

Para dizer a verdade, não é que isso me ensombre a vida, mas deixa-me um pouco triste. Podiam dizer-me: "li e não percebi nada"; "li e acho que és um grande maluco"; "li as três primeiras linhas e deixei-as porque não tenho tempo para aturar um grandessíssimo chato". Ou, como diz a minha querida mulher: "apesar de tudo, gosto de ti".

Algumas vezes escrevo o que escrevo, e publico, porque me apetece - numa espécie de exercício do meu direito de ser livre - e não espero, honestamente, ser lido. Foi o caso deste postal todo ele devotado ao silêncio público.

Foi, portanto, uma surpresa o "atrevimento" da Maria. Mas como uma surpresa não vem só, a Maria revela-nos que leu o postal até ao fim. Ou, o que para o caso vem a dar no mesmo, leu o fim. A surpresa final comoveu-me: a Maria não se limitou a ler o texto; deu-se ao luxo, também, de "ler" o texto exercendo aquela capacidade de leitura a que os antigos chamavam inte"ligência".

O comentário levanta questões interessantes que merecem uma resposta, pelo menos, ao nível a que foi feito o comentário. Como já deixei transparecer, não é este o momento nem o lugar para o fazer. Trarei a resposta para um próximo postal para partilhar e incentivar outros a participar neste tipo de discussões. Com o que se poderá provar que as questões "filosóficas" estão mais próximas do saber profano do que se julga.

Eu não tenho formação filosófica universitária ou profissional, nem sou "filósofo" como diz a Maria. Sou apenas um amador do saber, como diriam os divinos gregos um "philos tês sophias". O que releva mais do amor que do saber. Virtuoso é que não! que me cheira a diletantismo. Um amante, que muito esforço, tempo, estudo e paixão devota ao objecto do seu amor!

Quanto à tua opção pela fruta caseira, Maria, só te fica bem. Não há nada como o do nosso lugar.

Que bem basta termos mandado o Espinoza para os Países Baixos.

bettips disse...

Um amor, do saber.
Eu, plano e amo, não tão profundamente.
E nunca levaria a pedra como penitência arrogante: teria o gozo de a ver rolar sobre as mentiras inclinadas e a certeza das vertentes.
Tudo o que é a verdade é a não-mentira: funciona para o dono utilizador(do rato) tal como para a empregada, que o iguala a um objecto de decoração. Chegamos, então, ao cerne da questão: o Conhecimento!
Abraços, a estes dois (meus)amigos tecladores em "consenso"...

Meg disse...

Bettips... tu aqui!

Desculpa Perdido, ando aqui há que tempos, mas depois do que me deixaste no meu Livro de Visitas, eu que sofra de uma doença chamada África, vim a correr, interrompi um comentário que estava afazer num blogue precisamente sobre o que tínhamos lá... e chego aqui e abro num texto em que se fala da OPAM, e na Maçonaria e na Opus Dei aqui...
Obrigada e desculpa mas vais ter que me explicar o que eu não entender... mais tarde.
Um abraço da Meg