O lugar é onde a gente está e o que a gente ama.
Apesar de haver lugares horríveis, de pesadelo, em que de súbito nos acomete o pânico, de onde queremos rapidamente fugir; de haver lugares indiferentes que apenas têm de importante estarem na cercania de outros lugares (são os lugares de passagem); os lugares que interessam são os lugares aprazíveis.
O que torna um lugar aprazível é ter disponibilidade para estar nele. Foi o caso da permanência forçada em Santarém por altura da revisão do carro. É que os olhos só vêm quando andam a pé!
Comecei no Largo do Seminário onde se situa a Bijou, lugar de culto para a bica e o pastel de nata, tão bom que à primeira dentada se pode dizer que é um "pastel de nada".
Embrenhei-me nas ruas do centro histórico à cata de igrejas (do gótico ao maneirista há de tudo).
Fui à Torre das Cabaças e andei a ver o que restava do velho Rosa Damasceno.
Continuei às voltas, mas isso é assunto para outra altura...
Santarém em passeio (1)
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3 comentários:
nunca mais fui a santarém.
Diz Santarém
(as placas dizem e apontam)
as estradas contorcem-se para lhe escapar
o vale diz um nome de supermercado
nem rouxinóis
quando muito, o pincel de outono nas videiras.
***
tal como tu, escapas e divertes-te por existires, com os teus pastéis de nada, as tuas abóboras-meninas,
as tuas ervas,
gatos,
7 vidas.
Bjinho
Como um pastel de nada, também o olhar se faz sobre o nada e constrói lugares que são tudo.
Bons passeios. E não te percas.
Beijinho.
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