Santarém em passeio (2)

Há uma diferença irredutível entre estar-em e ser-em. O ser-em estabelece uma relação entre o ser-para-si enquanto eu e o sistema de coordenadas que o referenciam; no estar-em prevalece a dádiva e o apego do corpo ao lugar, função sacrificial que funde o eu e o lugar numa só substância.

Assim, caminhei Santarém como um amante que percorre todas as porções do corpo amado, sentindo-lhe o respirar, o pulsar, o estremecer.

No regresso, passei pela Praça Visconde Serra do Pilar com os seus vistosos prédios cobertos de azulejos variegados com mansarda e e sacadas em ferro forjado.

Cortei ali ladeando os Correios e fui dar ao Largo Cândido dos Reis onde se avista, no lado a Sul, a Misericórdia.






Descendo a Avª. Sá da Bandeira lobrigamos ao fundo o Palácio da Justiça e, à sua direita, o Mercado Municipal com os seus maravilhosos azulejos.

1 comentários:

Alberto Oliveira disse...

... é o que gosto mais nas viagens: estou, não sou, que isso dá uma trabalheira dos diabos e obriga a sacrifícios tremendos e por vezes, até pagar os impostos municipais.

Nunca caminhei "assim" em Santarém: a minha mais-que-tudo dava-me cabo do canastro...


abraço ó viajante comprometido!